quinta-feira, 25 de abril de 2013

Normas ABNT Medidas Padrão Para Cadeirantes

» Medidas Padrão Para os cadeirantes:
A utilização de cadeira de rodas impõe limites à execução de tarefas, por dificultar a aproximação aos objetos e o alcance a elementos acima e abaixo do raio de ação de uma pessoa sentada. A dificuldade no deslocamento frontal e lateral do tronco sugere a utilização de uma faixa de conforto entre 0,80m e 1,00m para as atividades que exijam manipulação contínua. A mostra referenciais genéricos, visando atender o maior número possível de situações. (vista frontal, superior e lateral).  referenciais para atividades que não exijam o uso de força ou o uso de coordenação motora fina. Neste caso, a altura limita-se, no máximo, a 1,35m, mas recomenda-se não ultrapassar 1,20m, valendo essas dimensões como parâmetros para as atividades realizadas dentro da faixa de alcance dos braços (0,62m). Os referenciais de alturas recomendadas para a localização de dispositivos de acionamento de sistemas diversos por pessoas em cadeiras de rodas.
 

Acesso e Circulação para Cadeirantes

» Superfície - As áreas de circulação devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob qualquer condição climática, admitindo-se inclinação transversal da superfície de até 2%.

» Diferenciação - Na área de circulação, recomenda-se a utilização de faixas de piso com textura e cor diferenciadas, para facilitar a identificação do percurso pelas pessoas portadoras de deficiência sensorial visual.

Obs.: Sempre que houver mudança de inclinação ou de plano, deve-se fazer tratamento diferenciado do piso, para facilitar a indicação e identificação de tais transições.

» Juntas de dilatação e grelhas embutidas no piso - Para evitar a retenção das pontas de bengalas e muletas e das rodas de cadeiras, andadores e carrinhos, as larguras das juntas de dilatação, bem como as dos vãos das grelhas situadas no piso, não devem exceder 1,5 cm e devem ficar, de preferência, fora do fluxo principal de circulação.

» Carpetes - Devem ser embutidos no piso e nivelados de maneira que a elevação não exceda 1,5 cm. As forrações devem ter bordas firmemente fixadas ao piso e aplicadas de forma a evitar o eventual enrugamento de sua superfície.

» Dimensões - Devem assegurar faixa de circulação livre de barreiras ou obstáculos, de modo a permitir:
  1. Deslocamento em linha reta. Veja as larguras mínimas necessárias:
  2. 0,80 m para circulação de uma cadeira de rodas, pelas portas e obstáculos fixos;
    1,20 m para circulação simultânea de uma pessoa e uma cadeira de rodas
  3.  1,50 m para circulação simultânea de duas cadeiras de rodas.
  4. Manobra de rotação sem deslocamento. Veja as áreas mínimas necessárias:
1,20 m por 1,20 m para rotação de 90º
1,50m por 1,20m para rotação de 180º
um círculo de 1,50m de diâmetro para rotação de 360º
  1. Manobra de rotação com deslocamento. Veja a área ideal definida em função do raio necessário para efetuar a rotação, para permitir a passagem por corredores de diferentes dimensões. - Descanso. É recomendada a existência de área de descanso fora do fluxo de circulação a cada 60 m para piso com até 3% de inclinação ou a cada 30 m para piso com 3 a 5% de inclinação. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas e sujeitas às disposições específicas. Essas áreas devem ser dimensionadas de modo a permitir a manobra de cadeiras de rodas, dispondo, se possível, de bancos e encostos. Veja as especificações abaixo. 
» Rampas:
Inclinação - Deve estar dentro dos limites estabelecidos, com inclinação transversal de no máximo 2%. Largura mínima admissível de 1,20 m, sendo recomendável 1,50 m. Rampas curvas com inclinação máxima de 8,33% e raio mínimo de 3m, medidos no perímetro interno à curva.- Patamares - Devem estar disponíveis no início e término da rampa, com no mínimo 1,20 m na direção do movimento, além da área de circulação adjacente. Patamares externos com inclinação transversal máxima de 2%.

(» Guias de balizamento - Devem ter bordas laterais em forma de ressalto e altura mínima de 5cm, para orientação e proteção dos portadores de deficiência.

» Portas - Devem ter vão livre de no mínimo 0,80 m (inclusive de elevadores); ausência de esforço superior a 35,61N para puxá-la ou empurrá-la; abertura em um único movimento; maçanetas tipo alavanca; revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeira de rodas (de sua parte inferior até uma altura mínima de 0,40 m).

Por: Thaís Torres
Fonte:http://ong.portoweb.com.br
 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A APAE E OS DESAFIOS DO ACESSO EM SALVADOR

As carências da cidade em relação às facilidade de acesso aos deficientes: 



“Uma coisa é acessibilidade física, arquitetônica, outra coisa é a mudança de paradigma, de preconceito que as pessoas ainda têm em relação à deficiência.” Assim, Maria do Carmo Britto de Morais, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais (Apae), da unidade de Salvador, coloca em evidência um ponto fundamental nas discussões que envolvem deficiência e acessibilidade. A reformulação do conceito de “acessibilidade” é o grande desafio das instituições que lidam com a pessoa portadora de deficiência no Brasil. De acordo com a presidente, o tema ainda precisa ser discutido em espaços de ampla difusão de conhecimento, como as escolas, o que implicaria diretamente na mudança de mentalidade das pessoas.
Maria do Carmo de Morais, presidente da Apae-Salvador. Foto: Leonardo Pastor / Labfoto

Atualmente, a Apae Salvador trabalha com a inclusão de 178 crianças que ficam na instituição duas vezes na semana e os outros dias em escolas regulares. Depois de completarem 16 anos, os jovens são encaminhados  ao Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Ceduc), onde são avaliados em relação às  suas habilidades e são encaminhados para as oficinas. Segundo Maria do Carmo de Morais, durante as atividades realizadas nestas oficinas os jovens são preparados para a inserção no mercado de trabalho, e, a depender do tipo de deficiência, a preparação pode ser mais lenta ou mais rápida. Hoje, a Apae Salvador trabalha em parceria com 46 empresas e possui 206 jovens atuando no mercado de trabalho. 
A vida para uma pessoa portadora de deficiência física não é nada fácil. Se para pessoas sem qualquer problema físico, o dia-a-dia já é uma experiência estressante, imagine para quem depende de adaptações ou da ajuda de terceiros para se locomover.
São muitos, aliás, os obstáculos enfrentados pelas pessoas portadoras de deficiências - de ordem social, política, econômica e cultural e não só os do cotidiano - distanciando-os bastante de conseguirem chegar ao ideal pretendido pelas Nações Unidas de "Participação Plena e Igualdade".
Isto porque o ponto crucial da questão estaria na relação entre o indivíduo e uma sociedade com padrões definidos, que alimenta a separação, ao tratar de forma inadequada os limites e as diferenças do outro.

A Lei
Em termos constitucionais, a situação da pessoa portadora de deficiência física não é má. De acordo com a lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, publicada no Diário Oficial do dia 25/10/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, está assegurado a elas o pleno exercício dos direitos individuais e sociais, além de sua efetiva integração social.


Por: Rosa Sanil
FONTE: Leonardo Pastor e Naiá Braga/ APAE

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Primeira dificuldade é frequentar a escola, diz cadeirante !

A primeira grande dificuldade das pessoas com deficiência é frequentar a escola regularmente. Esta é a opinião de Davi Rodrigo da Cruz que teve uma lesão macro medular e perdeu o movimento das pernas aos 18 anos. À época cursando o ensino médio, Davi acabou desistindo do curso porque a escola não tinha acessibilidade, e o transporte até o local era precário.
"Falta tanta coisa. Falta rampa para os cadeirantes, material escolar adequado para os deficientes visuais, tradutor de libra para os deficientes auditivos", afirmou. Com 32 anos, ele está empregado na empresa do setor de energia CPFL, e entende que situações como as enfrentadas em sua juventude ainda são muito comuns no País.
"São tantas as dificuldades para chegar na escola, entrar na sala e conseguir condições adequadas para aprender que a pessoa com deficiência acaba perdendo a vontade, a autoestima e desiste¿, disse. Há cerca de seis anos, Davi teve então uma oportunidade de retomar os estudos. Quando foi selecionado para trabalhar na empresa de energia, tinha metade do horário regular de trabalho ocupado com aulas para que finalmente concluísse o ensino regular. "Às vezes demora, mas a oportunidade surge."
Hoje ele é auxiliar administrativo da ouvidoria da CPFL e gosta de dizer para os colegas cadeirantes do time de basquete, e para quem mais encontrar pelo caminho, que o mais importante é não desistir. As empresas, em sua opinião, mudaram bastante e muitas têm as portas abertas para pessoas com deficiência. Quando entrou na CPFL, Davi ficou surpreso com o nível de acessibilidade nas instalações da companhia.
À época, 80% da estrutura física já estava pronta para receber cadeirantes e, logo depois, uma grande reforma no prédio conclui as adaptações para total acessibilidade. "Sei que essa não é uma realidade, mas podemos ver avanços", comentou. Ele lembra ainda do papel dos deficientes para a conquista de direitos. "Também depende de nós a mudança.Precisamos nos colocar no mundo, nos espaços. Ir em frente mesmo diante das adversidades e nos posicionar."




Por: Lariane Gonçalves

quinta-feira, 18 de abril de 2013

É obrigatório ter rampas nas escolas ?

A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou o Projeto de Lei 4536/04, do deputado Carlos Nader (PL-RJ), que torna obrigatória a construção pelo governo federal de rampas de acesso em todos os estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior do País, para facilitar o ingresso de pessoas portadoras de deficiência.


A relatora da proposta, deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), ressaltou que a medida contribuirá para garantir o acesso de todas as pessoas a esses locais.

Pelo projeto, caberá à União estabelecer as normas e os prazos para a implantação da medida e as despesas serão custeadas por meio de dotações próprias consignadas no Orçamento, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e suplementações que se fizerem necessárias.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada agora pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 











Poema Cadeirante Imortal

''Lá vai aquela pessoa querida,
fazendo de seus braços
pernas, para se locomover
e assim vai impulsionando sua cadeira,
atravessando obstáculos