quarta-feira, 24 de abril de 2013

A APAE E OS DESAFIOS DO ACESSO EM SALVADOR

As carências da cidade em relação às facilidade de acesso aos deficientes: 



“Uma coisa é acessibilidade física, arquitetônica, outra coisa é a mudança de paradigma, de preconceito que as pessoas ainda têm em relação à deficiência.” Assim, Maria do Carmo Britto de Morais, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais (Apae), da unidade de Salvador, coloca em evidência um ponto fundamental nas discussões que envolvem deficiência e acessibilidade. A reformulação do conceito de “acessibilidade” é o grande desafio das instituições que lidam com a pessoa portadora de deficiência no Brasil. De acordo com a presidente, o tema ainda precisa ser discutido em espaços de ampla difusão de conhecimento, como as escolas, o que implicaria diretamente na mudança de mentalidade das pessoas.
Maria do Carmo de Morais, presidente da Apae-Salvador. Foto: Leonardo Pastor / Labfoto

Atualmente, a Apae Salvador trabalha com a inclusão de 178 crianças que ficam na instituição duas vezes na semana e os outros dias em escolas regulares. Depois de completarem 16 anos, os jovens são encaminhados  ao Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Ceduc), onde são avaliados em relação às  suas habilidades e são encaminhados para as oficinas. Segundo Maria do Carmo de Morais, durante as atividades realizadas nestas oficinas os jovens são preparados para a inserção no mercado de trabalho, e, a depender do tipo de deficiência, a preparação pode ser mais lenta ou mais rápida. Hoje, a Apae Salvador trabalha em parceria com 46 empresas e possui 206 jovens atuando no mercado de trabalho. 
A vida para uma pessoa portadora de deficiência física não é nada fácil. Se para pessoas sem qualquer problema físico, o dia-a-dia já é uma experiência estressante, imagine para quem depende de adaptações ou da ajuda de terceiros para se locomover.
São muitos, aliás, os obstáculos enfrentados pelas pessoas portadoras de deficiências - de ordem social, política, econômica e cultural e não só os do cotidiano - distanciando-os bastante de conseguirem chegar ao ideal pretendido pelas Nações Unidas de "Participação Plena e Igualdade".
Isto porque o ponto crucial da questão estaria na relação entre o indivíduo e uma sociedade com padrões definidos, que alimenta a separação, ao tratar de forma inadequada os limites e as diferenças do outro.

A Lei
Em termos constitucionais, a situação da pessoa portadora de deficiência física não é má. De acordo com a lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, publicada no Diário Oficial do dia 25/10/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, está assegurado a elas o pleno exercício dos direitos individuais e sociais, além de sua efetiva integração social.


Por: Rosa Sanil
FONTE: Leonardo Pastor e Naiá Braga/ APAE

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