quarta-feira, 29 de maio de 2013

SUS vai oferecer cadeiras motorizadas a pessoas com deficiência



Cadeira de rodas motorizada oferece mais liberdade ao usuário
Cadeira de rodas motorizada oferece mais liberdade ao usuário
Cadeiras de rodas motorizadas, que podem levar mais conforto e mobilidade para pessoas com deficiência física severa, passam agora a ser oferecidas para usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).
A medida está dentro de um investimento de R$ 205,2 milhões lançado pelo Ministério da Saúde que envolve também a inauguração de 29 centros de reabilitação, oficinas de produção de órteses e próteses e distribuição de equipamentos para quem tenha algum comprometimento físico ou sensorial.
O recurso sai de parte do programa federal “Viver sem Limites”, que planeja investir R$ 7,6 bilhões até 2014, em inclusão e acessibilidade com ações em áreas diversas como saúde, moradia, educação e assistência social.
Atualmente, as cadeiras de rodas oferecidas pela SUS não atendem adequadamente à demanda de quem precisa se locomover com elas. São pesadas, pouco resistentes, não são feitas sob medida e não permitem autonomia.
A promessa é que seis modelos novos vão estar disponíveis para os cadeirantes dentro de seis meses. Entre elas, a cadeira motorizada – que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou boca – e as cadeiras monobloco, mais leves e práticas.
“Será um ganho enorme. Nenhuma pessoa com deficiência consegue usar aquelas cadeiras de hospital do SUS. Esses produtos costumam ser muito caros e muita gente que precisa fica sem acesso”, afirma o estudante Leandro Ribeiro da Silva, que usa cadeira motorizada.
De acordo com Leandro, a medida “pode representar grandes conquistas na vida de uma pessoa com deficiência. Mas, agora, é preciso saber se vai haver muita burocracia para conseguir as cadeiras e se vão mesmo entregá-las a quem precisa”.
Exemplo de cadeira monobloco, mais leve e fácil de desmontar
Exemplo de cadeira monobloco, mais leve e fácil de desmontar
As regras de distribuição do material ainda não foram divulgadas. Segundo o Ministério da Saúde, também dentro de seis meses, crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, com alguns tipos de deficiências auditivas, matriculadas em escolas públicas, passam a ter direito de receber do SUS um equipamento que auxilia a ouvir a voz dos professores durante as aulas.
PEZINHO
O investimento foi anunciado hoje em Taguatinga (DF) pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde), que cobrou mais atitude social pela inclusão.
“O Sistema Único de Saúde está se organizando para que as pessoas com deficiência não tenham limitações. Quem impõe limites a esses brasileiros é a sociedade que não se organiza.”
Segundo o ministro, também vai haver liberação de recursos para qualificação de atendimento de pessoas com deficiência em centros odontológicos públicos e transporte acessível exclusivo para condução de pacientes para centros de reabilitação.
Os recém-nascidos também foram incluídos nas medidas anunciadas hoje com maior alcance na rede pública para o chamado “teste do pezinho”, que identifica doenças como o hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e fibrose cística
Acessibilidade

Ser cadeirante  em muitas cidades realmemente é um grande desafio diário, que exige superação em vários aspectos, principalmente a falta de estrutura destinada ao atendimento dos cadeirantes o que mostra a precária inclusão social existente.
SECRETARIA DE PROMOÇÃO SOCIAL INTENSIFICA OFERTA DE VAGAS DE EMPREGO A PORTADORES DE DEFICIÊNCIAImprimirEnviar por e-MailSalvar como PDF


Data da Publicação: 28/05/2013

A legislação brasileira é clara: os portadores de deficiência física têm o direito ao trabalho garantido. De acordo com a lei 8.213, que vigora desde 1991, as empresas com mais de 200 empregados devem reservar de 2 a 5% de seus postos de trabalho para pessoas portadoras de deficiência. Vinte e quatro anos depois da Lei entrar em vigor milhares de deficientes ainda enfrentam muitas barreiras, por falta de informação ou por falta de algum órgão que centralize a oferta de vagas. Objetivando integrar cada vez mais os portadores de deficiência na sociedade, Mauricio Trindade, gestor da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza determinou à gerência do Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM) a criação de uma equipe de trabalho especialmente para captar vagas para esse segmento.

“ De acordo com o Centro Demográfico de 2010 Salvador tem, pelo menos, 530 mil portadores de deficiência, milhares deles com enorme dificuldade para ter o direito de trabalhar. Assim, a partir de hoje, os profissionais do SIMM irão de empresa em empresa prospectando vagas e, mesmo, verificando quais empresas ainda não se adequaram à lei para fechar parceria com elas.”

Ainda segundo Mauricio Trindade, os funcionários do SIMM foram orientados a atender prioritariamente as pessoas com deficiência. “ Nossos postos tem boa acessibilidade para os deficientes, mas vamos melhorar ainda mais. Vale ressaltar que, a exemplo dos outros trabalhadores, os portadores de deficiência podem agendar a entrevista, por telefone, pelo número 2203- 2016. Assim poderão chegar no momento da entrevista sem contratempos e sem ter que enfrentar filas ou tempo de espera”

A gerente do órgão, Polyana Régis, informa que o SIMM já dispõe de vagas exclusivamente para pessoas com deficiência, a saber:

5 vagas para Servente de limpeza de obras, com ensino fundamental incompleto. Não exige experiência.

2 Vagas para Auxiliar de limpeza, com ensino fundamental completo. Não exige experiência.

1 vaga para Operador de caixa, com ensino médio completo e 3 meses de experiência.

1 vaga para vendedor interno, com ensino fundamental completo e 1 mês de experiência.

2 vagas para Cumim ( ajudante de garçom), com ensino fundamental incompleto. Não exige experiência.

2 vagas para auxiliar de Cozinha , com ensino fundamental incompleto, não exige experiência.
 

ARQUITETURA E ESTÉTICA: PROBLEMAS DE ACESSIBILIDADE EM TORNO DA LAPA EM SALVADOR.




Para que existam fatos sociais, é preciso que o ser humano seja socializado. Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria (sem a socialização, não saberíamos nem andar nem falar). Referindo-se a fatos sociais pode-se citar a EXTERIORIDADE, ou seja, ela é caracterizada em fatos sociais sendo exteriores e superiores a nós e independentes de sua consciência. Ela relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores. Nas proximidades da  Lapa, há presente um problema em torno da arquitetura e urbanismo como quesito de acessibilidade. A adaptação das cidades aos padrões exigidos pelo mundo globalizado realiza-se adotando um conjunto de medidas como a renovação de áreas centrais degradadas. Esse processo, geralmente, prioriza investimentos na  melhoria dos transportes e comunicações dessas áreas incrementando a acessibilidade a esses territórios. Em  pontos como shoppings, praças, avenidas e estações de transbordo e constatou que o direito de ir e vir, garantido pela Constituição (lei 5.296/04, que regulamenta a legislação da acessibilidade 10.098/00, garanta a inclusão de deficientes físicos na sociedade, os portadores se sentem excluídos), não é cumprido em Salvador para essa parte da população. Calçadas esburacadas ou com paralelepípedos mal colocados podem ser encontrados em todas as vias do centro, principalmente ao redor da Praça da Piedade que, além disso, ainda possui uma rampa escorregadia. O terminal da Lapa tem rampas próximas aos pontos de ônibus, mas estão danificadas, assim como acontece com as escadas rolantes quebradas, alvo das maiores reclamações dos portadores de necessidades especiais. Foi encontrado um banheiro exclusivo para portadores de necessidades especiais (como indicava placa afixada na porta) trancado no shopping Center Lapa, segundo cadeirantes  encontrar o  funcionário para abri-lo também é uma dificuldade. O desrespeito das pessoas piora a passagem do cadeirante principalmente na Avenida Sete de Setembro. Muitas vezes, quando consegue se locomover, o deficiente precisa andar pelo meio da rua por causa da presença de camelôs, barracas, cadeiras e carros que dominam as calçadas. Mas nenhum desses problemas se compara ao do transporte público, pois nem todos os ônibus são adaptados e os que são costumam passar em um intervalo de 1 hora e meia até 3 horas, segundo cadeirantes...
Em resposta as dificuldades apresentadas tem-se como explicação que para o governo manter um cadeirante requer investimentos altos na arquitetura e toda uma reestruturação estética nos bairros para a inclusão da acessibilidade, infelizmente o investimento é pouco em propagandas, adaptações e melhorias voltadas para esta minoria...



Base: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/materias/1259475-falta-de-acessibilidade-dificulta-vida-de-deficientes-em-salvador


CAPITALISMO COM ALTO CUSTO PARA A ACESSIBILIDADE.



Nosso modelo de economia é o capitalismo neoliberal que reflete em torno de todas as camadas da sociedade. Liberalismo, idealizados por John Lucke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704), é um conceito que faz com que o governo não tenha nenhuma obrigação com o cidadão enquanto cidadão. Ou seja, o rapaz trabalha, paga seus impostos, faz seus deveres e tem direitos (supostos) que fazem dele um cidadão com certa autonomia. Isso é mais ou menos idealizado junto com o capitalismo que estava emergindo em meados do século dezoito. Depois com o capitalismo instalado e com a economia girando e as grandes corporações ditando regras ,assim como aqui foi regido o golpe de 64 pelos norte-americanos – se criou um neoliberalismo que foi muito mais a fundo nessa questão e não é detectado pelas pessoas mais desavisadas. Nos EUA, uma cadeira motorizada moderna último modelo, é subsidiada pelo próprio governo para ser adquirida pela própria pessoa que vai escolher. Aqui as peças nos custam metade com impostos e isso é regra, infelizmente. Então por que fazer tanta propaganda e nada vai adiantar para esses preços abaixarem? Uma cadeira de rodas boa (sem colocar marca nenhuma) custa mais ou menos uns R$3.339,00 por auto (manual) que fica impossibilitado de alguém que não tenha condições tenha um produto bom. Mesmo se o governo der cadeiras de rodas, eles irão dar cadeiras de preços e qualidade, totalmente inferiores. Em exemplo há cadeiras dadas com dinheiro do governo, mas encomendada pela entidade AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) que nem com um ano, essa cadeira já está com jogo (cambaleando) e com os pedais arriados (os pedais de plástico não dão segurança e nem estabilidade a pessoas que tem paralisia cerebral). Mas nesse mercado lucrativo que não mais tem limite, há revistas especializadas no assunto da inclusão que define o que esse mercado quer, fatias imensas de propaganda desnecessária. Entrevistas sobre  Pessoa com Deficiência dificilmente são abordadas, links de blogs não apareceram tanto , que ao que parece, foram cortados por causa das propagandas que são um exagero. As pessoas que usam esse tipo de aparelho tem que perceber que o importante não é o equipamento, mas o quanto vai custar no seu bolso. O mesmo para quem compra um carro, adaptado, que pagara com o financiamento lá na frente pode fazer falta ou ficar pesado. Numa cadeira motorizada, o banco recebe muito mais do que o valor que você paga na cadeira, que seria um prejuízo para seu própria bolso. Isso mostra o quanto há exploração, e o que é mais triste, a exploração por esse mercado porque a maioria não consegue esperar.

ALIENAÇÕES TRABALHISTA: FOCO EM TORNO DO CADEIRANTE.



A consequência imediata da alienação do trabalhador da vida genérica, da humanidade, é a alienação do homem pelo homem. “Em geral, a proposição de que o homem se tornou estranho ao seu ser, enquanto pertencente a um gênero, significa que um homem permaneceu estranho a outro homem e que, igualmente, cada um deles se tornou estranho ao ser do homem”. Esta alienação recíproca dos homens tem a manifestação mais tangível na relação operário-capitalista.
Dito de outra maneira, o trabalhador e suas capacidades humanas só existem para o capital. Se ele não tem trabalho, não tem salário, não tem existência. Segundo Karl Marx  o malandro, o sem-vergonha, o mendigo, o faminto, o miserável, o delinquente não existem para a economia política, são fantasmas fora de seu reino, já que ela somente leva em conta as necessidades do trabalhador cujo atendimento permite manter vivo a ele e a categoria dos trabalhadores. O salário serve para conservar o trabalhador como qualquer outro instrumento produtivo.
Um cadeirante, mesmo quando não aposentado ,deve estar em movimento,há casos de aposentadoria por invalidez,mas também há casos que cadeirantes podem exercer muito bem uma atividade remunerada.
Se a pessoa já estava trabalhando, em primeiro lugar deve acionar o INSS para receber auxílio doença no tempo em que ficar parado, se recuperando. Quando puder voltar, a empresa tem a obrigação legal de adaptar o ambiente de trabalho às necessidades do cadeirante. Se a empresa demitir a pessoa para não precisar adaptar o local, o empregado pode procurar a justiça.
Para quem não estava trabalhando, abrem-se algumas oportunidades que não podem passar em branco. Estudar para um concurso é uma excelente alternativa. Empresas públicas são obrigadas por lei a destinar entre 5 e 20% das vagas para pessoas com deficiência. As empresas particulares com mais de 100 funcionários também têm esta obrigação legal.Mas a melhor alternativa, do meu ponto de vista, é a busca por um emprego público. Em alguns casos o deficiente consegue colocação com menos da metade dos pontos conseguidos pelo primeiro colocado da concorrência plena.Nas sociedades divida em classes não fazem parte das necessidades humanas a beleza, a paixão, a cultura e os demais seres humanos. Mas enquanto existir a propriedade privada dos meios de produção, as necessidades dos homens resumem-se ao dinheiro, e as novas necessidades criadas servirão para obrigá-los a maiores sacrifícios e dependência.