quinta-feira, 9 de maio de 2013


A escassez de informação básica sobre a população com deficiência tem se constituído um empecilho para o planejamento de ações voltadas para a sua inserção social. Por isso, uma das áreas que muito merece atenção é na formação do arquiteto. Nela deve ser iniciada a conscientização quanto aos aspectos de uma arquitetura a serviço de todos, que permita atender a maior gama possível de pessoas ao mesmo tempo. Significa planejar ou projetar para a diversidade, buscar a universalidade (eventualmente com soluções específicas) Muitos jovens com deficiência poderiam ir ao cinema, prestar vestibular, assistir a jogos, trabalhar e viajar se fossem eliminados os obstáculos construídos no meio urbano, os quais impedem e dificultam a circulação das pessoas que sofrem de alguma incapacidade. Precisamos compreender e respeitar o direito de ir e vir que pertence àquelas pessoas que não encontram rampas em calçadas, portas largas, não tem acesso à sala de aula, não conseguem ler livros impressos, não compreendem auditivamente a fala do interlocutor Em decorrência disso, raramente se vê um deficiente físico em locais públicos. O que se pensa é que os deficientes são uma minoria tão grande que não se justifica tanto investimento em adaptações, equipamentos e acessos exclusivos. Porém, na verdade, é o inverso que ocorre, pois as pessoas com deficiência não frequentam locais públicos por falta de acesso na maioria das oportunidades. Na busca de uma sociedade mais justa, devesse adquirir consciência de que todas as pessoas são diferentes, bem como suas limitações e suas capacidades de superação mas, infelizmente, ainda são poucas as pessoas com deficiência que podem usufruir destes benefícios, uma vez que a maioria delas não possui condições financeiras nem mesmo para compra de cadeiras de rodas ou para pagar o transporte até a escola especial ou centro de reabilitação. Muitos ainda permanecem no lar, escondidos por suas famílias que, muitas vezes, têm vergonha de ter um filho com deficiência.

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