A
escassez de informação básica sobre a população com deficiência tem se constituído
um empecilho para o planejamento de ações voltadas para a sua inserção social. Por
isso, uma das áreas que muito merece atenção é na formação do arquiteto. Nela
deve ser iniciada a conscientização quanto aos aspectos de uma arquitetura a
serviço de todos, que permita atender a maior gama possível de pessoas ao mesmo
tempo. Significa planejar ou projetar para a diversidade, buscar a
universalidade (eventualmente com soluções específicas) Muitos jovens com
deficiência poderiam ir ao cinema, prestar vestibular, assistir a jogos,
trabalhar e viajar se fossem eliminados os obstáculos construídos no meio
urbano, os quais impedem e dificultam a circulação das pessoas que sofrem de
alguma incapacidade. Precisamos compreender e respeitar o direito de ir e vir
que pertence àquelas pessoas que não encontram rampas em calçadas, portas
largas, não tem acesso à sala de aula, não conseguem ler livros impressos, não
compreendem auditivamente a fala do interlocutor Em decorrência disso,
raramente se vê um deficiente físico em locais públicos. O que se pensa é que
os deficientes são uma minoria tão grande que não se justifica tanto investimento
em adaptações, equipamentos e acessos exclusivos. Porém, na verdade, é o inverso
que ocorre, pois as pessoas com deficiência não frequentam locais públicos por
falta de acesso na maioria das oportunidades. Na busca de uma sociedade mais
justa, devesse adquirir consciência de que todas as pessoas são diferentes, bem
como suas limitações e suas capacidades de superação mas, infelizmente, ainda
são poucas as pessoas com deficiência que podem usufruir destes benefícios, uma
vez que a maioria delas não possui condições financeiras nem mesmo para compra
de cadeiras de rodas ou para pagar o transporte até a escola especial ou centro
de reabilitação. Muitos ainda permanecem no lar, escondidos por suas famílias
que, muitas vezes, têm vergonha de ter um filho com deficiência.
Por: Thaís Torres
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